Liturgia do Dia: Solenidade da Ascensão do Senhor – 01 de Junho de 2025
Neste dia iluminado pela presença gloriosa de Cristo, celebramos a Solenidade da Ascensão do Senhor, um momento que transcende o tempo e nos convida a uma profunda reflexão sobre nossa fé e nossa missão. A ascensão de Jesus ao céu não é apenas um ato de exaltação; é, antes, uma promessa renovada de sua constante presença em nossas vidas.
Ao contemplarmos este mistério, somos lembrados de que a partida física de Cristo não implica sua ausência, mas sim a manifestação de sua glorificação. Ele é elevado aos céus, mas promete estar conosco até o fim dos tempos. Essa realidade nos encoraja a viver com esperança e coragem, sabendo que nunca estamos sozinhos.
Neste contexto, a promessa do Espírito Santo se revela como um poderoso sustentáculo para os cristãos. Ele nos fortalece e nos impulsiona a viver nossa fé de maneira responsável e comprometida. É através do Espírito que somos equipados para sermos testemunhas vivas do amor de Deus no mundo. Nossa missão, portanto, é clara: sermos portadores da luz e da verdade, refletindo a imagem de Cristo em cada ação e palavra.
A celebração de hoje nos convida a examinar nossa própria vocação. Como podemos, individualmente e coletivamente, responder ao chamado de viver em comunhão com Cristo? Que atitudes devemos cultivar para vivermos plenamente a nossa fé, integrando-a a cada aspecto de nossas vidas? Estamos abertos à ação do Espírito Santo, permitindo que Ele conduza nossas decisões e nos guie em nosso caminho?
À medida que nos reunimos em comunidade para celebrar, somos também convidados a antecipar a plenitude da vida eterna. A ascensão de Jesus é um convite à esperança de que, assim como Ele subiu ao céu, nós também seremos elevados a uma nova vida, onde a paz e a alegria de Deus reinam eternamente.
Que esta solenidade nos inspire a viver com fervor, a agir com amor e a proclamar a mensagem da salvação. Que possamos ir ao encontro do mundo, levando a certeza de que, embora Cristo esteja à direita do Pai, sua presença permanece viva em nossos corações. Amém.
Leituras:
Primeira Leitura: Leitura dos Atos dos Apóstolos 1,1-11
Esta narrativa carrega um peso significativo por diversas razões. Ela não apenas inaugura o livro de Atos, mas também configura o palco para a missão da Igreja nascente no rastro da ascensão de Jesus. Este trecho é crucial por estabelecer os fundamentos da ação da Igreja e por delinear a continuidade da obra de Jesus através dos apóstolos.
A ascensão não é apenas um evento de despedida, mas um ponto de transição que impulsiona a Igreja a avançar na sua jornada espiritual e missionária. A promessa do retorno de Jesus, conforme mencionado em Atos 1:11, oferece consolo e esperança, ao mesmo tempo em que reforça a responsabilidade dos discípulos de prosseguir com o legado de seu mestre. Este episódio é um lembrete poderoso de que, embora Jesus tenha ascendido, sua presença e influência continuam a guiar e inspirar a comunidade de fé.
Essa passagem é fundamental para entender o papel dos apóstolos após a ressurreição e ascensão de Jesus, e como eles foram capacitados pelo Espírito Santo para levar adiante a missão de pregar o Evangelho. Além disso, ela reforça a crença na segunda vinda de Cristo e a importância de estar preparado para esse evento.
Jesus foi levado aos céus, à vista deles
1. No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2. até ao dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus. 4. Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5. ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”. 6. Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel?” 7. Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8. Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. 9. Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. 10. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, 11. que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo Responsorial - Sl 46(47),2-3.6-7.8-9 (R.6)
R.6. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
2. Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! 3. Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra.
R.6. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
6. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. 7. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!
R.6. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
8. Porque Deus é o grande Rei de toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores! 9. Deus reina sobre todas as nações, está sentado no seu trono glorioso.
R.6. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
Segunda Leitura: Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 1,17-23
Esta leitura de Efésios 1,17-23 é uma oração de São Paulo pela igreja em Éfeso, onde ele pede a Deus que dê aos efésios “espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento dele” (v. 17). Paulo deseja que os olhos do coração dos crentes sejam iluminados para conhecerem a esperança do chamado de Deus, as riquezas da glória da herança entre os santos e a incomparável grandeza do poder de Deus para com aqueles que creem (vv. 18-19). Esses versículos destacam a centralidade de Cristo e o poder que Ele exerce sobre todas as coisas para a igreja, que é o Seu corpo, a plenitude daquele que preenche tudo em todos (vv. 22-23).
Essa parte da carta de Paulo aos Efésios é um lembrete poderoso do amor e do poder de Deus disponíveis para os crentes e do papel central de Cristo na vida da igreja. É um chamado para os cristãos reconhecerem e viverem de acordo com a grandeza do poder e da graça de Deus em suas vidas.
E o fez sentar-se à sua direita nos céus
Irmãos: 17. O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18. Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19. e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. 20. Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21. bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. 22. Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23. que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,46-53
O trecho de Lucas 24,46-53 nos apresenta um momento sublime e decisivo na narrativa da vida de Jesus. Ao se dirigir aos discípulos, Ele não apenas revela a importância do sofrimento e da ressurreição, mas também traz uma mensagem que ecoaria por toda a humanidade: a necessidade de arrependimento e o perdão dos pecados. É a promessa de um amor divino que deve ser compartilhado com todas as nações, começando pela própria Jerusalém, a cidade que foi palco de sua dor e vitória.
A cena da ascensão é poderosa. Enquanto os discípulos escutam atentamente suas últimas instruções, Jesus abençoa cada um deles com um gesto de carinho e proteção. Esta bênção, repleta de significado, marca não apenas a despedida de seu corpo físico, mas a transferência de responsabilidade. A missão agora recai sobre os ombros dos discípulos, que devem levar adiante a obra do Mestre. É o início de uma nova era, onde a força do Espírito Santo será seu guia e consolador.
Ao ser elevado ao céu, Jesus não simplesmente se despede; Ele assegura que sua presença continua, agora em uma dimensão mais profunda e universal. Os discípulos, antes medrosos e confusos, se enchem de alegria e louvor. O céu e a terra se encontram neste momento, reforçando a certeza de que a jornada de fé é eterna. A ascensão é um lembrete poderoso de que, mesmo quando não o vemos, a presença de Jesus está sempre conosco, inspirando-nos e guiando-nos em nosso caminho.
Assim, a gloriosa ascensão não é um fim, mas um novo começo. É um convite para que todos nós, assim como os discípulos, abracemos a missão de propagar a mensagem de amor, arrependimento e esperança. Que possamos, com a mesma alegria e louvor dos primeiros seguidores, seguir firmes na missão de transformar o mundo, cientes de que nunca estamos sozinhos nessa jornada divina.
Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46. "Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47. e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48. Vós sereis testemunhas de tudo isso. Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto". 50. Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53. E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós Senhor
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