Liturgia do dia: "Deixai crescer um e outro até a colheita!" | 16ª Semana do Tempo Comum
Jeremias 7:1-11 apresenta uma poderosa reflexão sobre a futilidade da religiosidade superficial e enfatiza a importância de ações justas. Nesta passagem, o profeta Jeremias é incumbido de transmitir a palavra do Senhor aos adoradores no templo, advertindo-os a seguir um caminho de retidão e justiça em suas vidas. A mensagem divina, entregue através de Jeremias, é um chamado para que a fé seja acompanhada por atitudes que refletem verdadeiramente os princípios divinos, em vez de uma simples demonstração de devoção ritualística. A passagem desafia os fiéis a examinar suas ações e a alinhar suas vidas com os mandamentos de Deus, promovendo a justiça e a misericórdia.
Aqui estão os principais pontos:
- Correção de Conduta: O Senhor pede que o povo melhore seus caminhos e ações. Não basta confiar em palavras vazias, como repetir “Templo do Senhor”. É necessário praticar a justiça e tratar uns aos outros com retidão.
- Evitar a Opressão: O Senhor enfatiza que não devemos oprimir o estrangeiro, o órfão e a viúva, nem derramar sangue inocente. Isso é fundamental para habitar na terra que Ele deu aos antepassados.
- Cuidado com a Religiosidade Vazia: Jeremias questiona se o templo, chamado pelo nome do Senhor, se tornou apenas um esconderijo de ladrões. Ele alerta sobre a importância de uma fé genuína e uma vida justa.
Essa passagem nos lembra que a verdadeira adoração vai além de rituais e palavras. É sobre viver de acordo com os princípios divinos e tratar os outros com amor e justiça.
Primeira Leitura: Leitura do Livro do Profeta Jeremias 7,1-11
Acaso, esta casa, em que meu nome é invocado, tornou-se a vossos olhos uma caverna de ladrões?
1. Palavra comunicada a Jeremias, da parte do Senhor: 2. "Põe-te à porta da casa do Senhor e lá anuncia esta palavra, dizendo: Ouvi a palavra do Senhor, todos vós de Judá, que entrais por estas portas para adorar o Senhor. 3. Isto diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Melhorai vossa conduta e vossas obras, que eu vos farei habitar neste lugar. 4. Não ponhais vossa confiança em palavras mentirosas, dizendo: 'É o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!' 5. Mas, se melhorardes vossa conduta e vossas obras, se fizerdes valer a justiça, uns com os outros, 6. não cometerdes fraudes contra o estrangeiro, o órfão e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, e não andardes atrás de deuses estrangeiros, para vosso próprio mal, 7. então eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde sempre e para sempre. 8. Eis que confiais em palavras mentirosas, que para nada servem. 9. Como!? Roubar, matar, cometer adultério e perjúrio, queimar incenso a Baal, e andar atrás de deuses que nem sequer conheceis; 10. e depois, vindes à minha presença, nesta casa em que meu nome é invocado, e dizeis: 'Nenhum mal nos foi infligido', tendo embora cometido todas essas abominações. 11. Acaso, esta casa, em que meu nome é invocado, tornou-se a vossos olhos uma caverna de ladrões? Eis que também eu vi", diz o Senhor.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo Responsorial - Sl 83(84),3.4.5-6a e 8a.11 (R. 2)
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! 6a Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente.
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
— Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milhares fora dele! Prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
A parábola do trigo e do joio, relatada em Mateus 13:24-30, serve como uma metáfora poderosa utilizada por Jesus para revelar insights sobre o Reino dos Céus. Nesta passagem, somos apresentados a uma história que não apenas reflete a luta entre o bem e o mal, mas também oferece orientação sobre como devemos agir diante dessa realidade. A narrativa começa com um homem que semeia boa semente em seu campo, mas um inimigo, aproveitando-se da escuridão da noite, semeia joio entre o trigo. À medida que ambos crescem, a presença do joio se torna evidente, levantando questões sobre sua origem e o que deve ser feito a respeito.
Os servos do homem estão prontos para arrancar o joio, mas são advertidos a esperar até a colheita. Essa instrução simboliza a paciência e a sabedoria divinas, sugerindo que o julgamento final pertence a Deus, que saberá separar o justo do injusto no tempo certo. A parábola enfatiza a coexistência do bem e do mal neste mundo e a inevitabilidade do julgamento final, onde cada um será reconhecido por seus verdadeiros frutos.
Ao explorar essa parábola, podemos extrair lições valiosas sobre tolerância, julgamento e redenção. Ela nos ensina que, embora o mal possa parecer prosperar temporariamente, a justiça prevalecerá no final. Além disso, nos lembra da importância de cultivar a bondade e a verdade em nossas próprias vidas, confiando que, apesar das aparências, o bem ultimamente triunfará. Esta história é um convite à reflexão sobre nossa própria conduta e sobre como escolhemos responder aos desafios morais e espirituais de nosso tempo.
Vamos analisar os principais pontos:
- Semente Boa e Semente Má:
- Um homem semeia boa semente em seu campo.
- Durante a noite, um inimigo semeia joio entre o trigo.
- O crescimento simultâneo do trigo e do joio ilustra a coexistência do bem e do mal no mundo.
- Significado Simbólico:
- O semeador é Jesus, e a boa semente representa os filhos do Reino.
- O campo é o mundo, e as sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino de Deus.
- O inimigo que semeia o joio é identificado como o diabo, cujas sementes são os filhos do mal.
- Lições Importantes:
- A presença do mal não diminui o valor da boa semente (o Evangelho).
- Devemos discernir entre o bem e o mal, permanecendo firmes no bem.
- Mesmo nas melhores circunstâncias, o mal pode surgir, exigindo vigilância.
- Resistência e Perseverança:
- Não nos cansemos de fazer o bem, pois a colheita virá no tempo certo (Gálatas 6:9).
- Atribuir corretamente a culpa evita mal-entendidos e injustiças.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 13,24-30
Deixai crescer um e outro até a colheita!
Naquele tempo, 24. Jesus contou outra parábola à multidão: "O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?' 28. O dono respondeu: 'Foi algum inimigo que fez isso'. Os empregados lhe perguntaram: 'Queres que vamos arrancar o joio?' 29. O dono respondeu: 'Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!'".
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós Senhor
Essa parábola nos lembra que, embora o mal esteja presente, a bondade do Evangelho permanece. Devemos resistir e perseverar na fé e nas boas obras.
A liturgia da palavra, composta pela primeira leitura, o salmo responsorial e o evangelho, é um elemento central da fé cristã, encontrando-se todos registrados na Bíblia Sagrada. Esses textos são lidos e refletidos durante as celebrações, proporcionando aos fiéis uma oportunidade de meditar sobre as escrituras sagradas e aplicar seus ensinamentos na vida cotidiana. Se você tem em mãos o livro sagrado, dedique-se à sua leitura.
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