Liturgia do dia: "Lembra-te, não quebres a tua aliança conosco" (Jer. c14-v21) | 17ª Sem. Tempo Comum 🟢
Vamos analisar os versículos 17 a 22:
- Jeremias 14:17-18:
- Jeremias lamenta a situação de Judá, onde a seca é tão intensa que até as portas da cidade estão enfraquecidas. As pessoas buscam água, mas não encontram. O chão está rachado por falta de chuva, e até os animais sofrem.
- O profeta clama a Deus, pedindo que Ele não abandone o povo. Ele reconhece que os pecados de Judá são muitos e pede misericórdia.
- Jeremias 14:19-22:
- Jeremias expressa profunda tristeza pela situação. Ele chora dia e noite pela filha virgem de seu povo, que está quebrada e aflita.
- O profeta questiona se Deus rejeitou completamente Judá e se Sua alma detesta Sião. Ele clama por cura e salvação.
Esses versículos retratam a angústia e o apelo de Jeremias diante da calamidade que assola o povo de Judá. O profeta busca a misericórdia divina e pede que Deus não os abandone, apesar dos pecados cometidos.
Primeira Leitura: Leitura do Livro do Profeta Jeremias 14,17-22
Lembra-te, não quebres a tua aliança conosco
17. "Derramem lágrimas meus olhos, noite e dia, sem parar, porque um grande desastre feriu a cidade, a jovem filha de meu povo, um golpe terrível e violento. 18. Se eu sair ao campo, vejo cadáveres abatidos à espada; se entrar na cidade, deparo com gente consumida de fome; até os profetas e sacerdotes andam à toa pelo país". 19. Acaso terás rejeitado Judá inteiramente, ou te desgostaste deveras de Sião? Por que, então, nos feriste tanto, que não há meio para nos curarmos? Esperávamos a paz, e não veio a felicidade; contávamos com o tempo de cura, e não nos restou senão consternação. 20. Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade, os pecados de nossos pais, porque todos pecamos contra ti. 21. Mas, por teu nome, não nos faças sofrer a vergonha suprema de levarmos a desonra ao trono de tua glória; lembra-te, não quebres a tua aliança conosco. 22. Acaso existem entre os ídolos dos povos os que podem fazer chover? Acaso podem os céus mandar-nos as águas? Não és tu o Senhor, nosso Deus, que estamos esperando? Tu realizas todas essas coisas".
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo Responsorial - Sl 78(79),8.9.11 e 13 (R. 9bc)
R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.
R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
— Até vós chegue o gemido dos cativos: libertai com vosso braço poderoso os que foram condenados a morrer! Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, celebraremos vosso nome para sempre, de geração em geração vos louvaremos.
R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
No trecho do Evangelho de Mateus, capítulo 13, versículos de 36 a 43, encontramos a parábola do joio, uma das muitas parábolas contadas por Jesus para transmitir ensinamentos profundos. Nesta parábola específica, Jesus utiliza a imagem de um campo onde tanto o trigo quanto o joio crescem juntos até o momento da colheita. A narrativa é rica em simbolismo e oferece uma lição sobre discernimento, paciência e julgamento final. O trigo representa os filhos do Reino, enquanto o joio simboliza os filhos do Maligno. O campo é o mundo, e o inimigo que semeia o joio é identificado como o Diabo. A colheita é descrita como o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. A parábola enfatiza a importância de deixar ambos crescerem juntos até o tempo da colheita, quando então haverá uma separação definitiva entre o bem e o mal. Este ensinamento de Jesus ressalta a necessidade de discernimento e sabedoria na vida, reconhecendo que o bem e o mal coexistem no mundo, mas que um julgamento final será feito pelo próprio Deus.
Vamos explorar o significado dessa parábola:
- Contexto:
- Jesus fala como se a terra fosse um campo de trigo, onde também cresce o joio.
- O joio precisa crescer junto com o trigo até a colheita, para evitar que, ao arrancar o joio, o trigo também seja prejudicado.
- Elementos da Parábola:
- O que semeia a boa semente: Representa o Filho do Homem (Jesus).
- O campo: Refere-se ao mundo.
- A boa semente: São os filhos do Reino (pessoas que seguem a Deus).
- O joio: São os filhos do Maligno (aqueles que seguem o mal).
- O inimigo que semeou o joio: É o Diabo.
- A colheita: Simboliza o fim do mundo.
- Os ceifadores: São os anjos.
- Discernimento e Preparação:
- Jesus não separa o joio do trigo antes do tempo, assim como o Diabo também semeia.
- Deus deseja que desenvolvamos discernimento: distinguir o bem do mal.
- Devemos dialogar com Deus, buscando entender e seguir o bem.
- A colheita será única, e estaremos preparados se soubermos discernir.
- Reino de Deus:
- Jesus nos ensina a viver neste mundo com astúcia e sabedoria.
- O Reino de Deus substituirá o atual, e devemos ansiar por isso.
Portanto, a parábola nos convida a discernir, viver com integridade e nos preparar para o julgamento final.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 13,36-43
Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos
Naquele tempo, 36. Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Explica-nos a parábola do joio!" 37. Jesus respondeu: "Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41. o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42. e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça".
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós Senhor
Cor Litúrgica: Verde
Na liturgia católica, a cor verde é emblemática da esperança. Predominante durante o Tempo Comum, que constitui a maior parte do calendário litúrgico, essa cor é um lembrete constante da vida cristã diária e da esperança que é fundamental à fé cristã. Além disso, o verde adorna as igrejas nos domingos e dias feriais, reforçando essa mensagem. É importante notar que, em ocasiões especiais, como festas e solenidades que substituem a celebração regular, as cores litúrgicas específicas dessas datas prevalecem.
A liturgia da palavra, composta pela primeira leitura, o salmo responsorial e o evangelho, é um elemento central da fé cristã, encontrando-se todos registrados na Bíblia Sagrada. Esses textos são lidos e refletidos durante as celebrações, proporcionando aos fiéis uma oportunidade de meditar sobre as escrituras sagradas e aplicar seus ensinamentos na vida cotidiana. Se você tem em mãos o livro sagrado, dedique-se à sua leitura.
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