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Liturgia do dia: “A Inclusão e a Seriedade do Pecado” | 26º Domingo do Tempo Comum 🟢

A mensagem central da liturgia deste dia 29 de setembro de 2024 que celebra o 26º Domingo do Tempo Comum, Ano B, é a inclusão e a seriedade com que devemos tratar o pecado. Somos chamados a reconhecer e valorizar os dons espirituais em todos, a agir com justiça e compaixão, e a evitar o pecado, protegendo os mais vulneráveis em nossa comunidade. Que possamos viver esses ensinamentos em nosso dia a dia, promovendo a justiça, a inclusão e a bondade.

A narrativa encontrada em Números 11:25-29 é um marco na liderança de Moisés e um ponto de virada na trajetória do povo israelita. Este trecho bíblico relata o instante em que o Senhor desceu em uma nuvem para falar com Moisés e, de maneira extraordinária, distribuiu parte do espírito que estava sobre Moisés aos setenta anciãos escolhidos. Como resultado, esses anciãos profetizaram, um evento que não se repetiu. A passagem também menciona Eldade e Medade, que, embora ausentes da tenda, receberam o espírito e profetizaram no acampamento. A reação de Josué, que sugeriu a Moisés que os proibisse, é contraposta pela resposta de Moisés, que expressa o desejo de que todo o povo fosse profeta e tivesse o espírito do Senhor sobre si. Este episódio destaca temas como a partilha do espírito profético, a liderança inclusiva e o desejo de Moisés por uma comunidade espiritualmente empoderada.

Aqui está um resumo desses versículos:

  1. Distribuição do Espírito: Deus desce em uma nuvem e fala com Moisés. Ele tira do Espírito que estava sobre Moisés e o coloca sobre setenta anciãos escolhidos. Quando o Espírito repousa sobre eles, eles começam a profetizar.
  2. Profecia Temporária: Os setenta anciãos profetizam, mas isso acontece apenas uma vez. Este ato simboliza a capacitação divina para ajudar Moisés na liderança do povo.
  3. Eldad e Medad: Dois dos anciãos, Eldad e Medad, que não estavam no tabernáculo, também recebem o Espírito e começam a profetizar no acampamento. Josué, assistente de Moisés, sugere que Moisés os impeça, mas Moisés responde que deseja que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor colocasse Seu Espírito sobre todos.

Essa passagem destaca a importância da liderança compartilhada e da capacitação divina para cumprir as responsabilidades. Também reflete o desejo de Moisés de ver todos os membros do povo de Deus cheios do Espírito e capazes de profetizar.

Primeira Leitura: Leitura do Livro dos Números 11,25-29

Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta

Naqueles dias, 25. o Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e o deu aos setenta anciãos. Assim que repousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram. 26. Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad e o outro Medad. O espírito repousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista, mas não tinham ido à Tenda, e eles profetizavam no acampamento. 27. Um jovem correu a avisar Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento. 28. Josué, filho de Nun, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: "Moisés, meu Senhor, manda que eles se calem!" 29. Moisés respondeu: "Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!"

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Salmo Responsorial - Sl 18(19),8.10.12-13.14 (R.8a 9b)

R.8a 9b. A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.

8. A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

R.8a 9b. A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.

10. É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

R.8a 9b. A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.

12. E vosso servo, instruído por elas, se empenha em guardá-las. 13. Mas quem pode perceber suas faltas? Perdoai as que não vejo!

R.8a 9b. A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.

14. E preservai o vosso servo do orgulho: não domine sobre mim! E assim puro, eu serei preservado dos delitos mais perversos.

R.8a 9b. A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.


A seção de Tiago 5:1-6 apresenta uma poderosa reprimenda dirigida aos ricos que amealham fortunas por meios injustos e oprimem os trabalhadores. Esta passagem bíblica ressalta a importância da justiça social e da responsabilidade moral, advertindo sobre as consequências de práticas econômicas desleais e da exploração laboral. É um chamado à reflexão sobre as ações e o impacto delas na sociedade, especialmente na vida daqueles que são afetados pela ganância e pelo acúmulo desmedido de riquezas.

Aqui estão alguns pontos importantes sobre essa leitura:

  1. Condenação da Riqueza Injusta: Tiago critica os ricos que acumulam bens materiais sem consideração pelo próximo. Ele destaca que essas riquezas são efêmeras e trazem consigo um peso de condenação.
  2. Exploração dos Trabalhadores: A passagem menciona especificamente a exploração dos trabalhadores, cujos salários foram retidos injustamente. Tiago alerta que o clamor desses trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
  3. Advertência sobre o Juízo: Tiago lembra que os ricos que vivem em luxo e autoindulgência estão, na verdade, se preparando para o dia do juízo. Ele usa uma linguagem forte para descrever a destruição que virá sobre eles.
  4. Chamado à Justiça e Solidariedade: A mensagem central é que a verdadeira riqueza não está nos bens materiais, mas na justiça, na solidariedade e no amor ao próximo. Tiago desafia os leitores a examinar suas próprias vidas e a maneira como tratam os outros, especialmente os mais vulneráveis.

Essa leitura nos convida a refletir sobre nossas prioridades e a maneira como usamos nossos recursos. Ela nos lembra da importância de viver de acordo com os valores do Reino de Deus, promovendo a justiça e cuidando dos necessitados.

Segunda Leitura: Leitura da Carta de São Tiago 5,1-6

Vossa riqueza está apodrecendo

E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós. 2. Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. 3. Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias. 4. Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5. Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6. Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

A narrativa encontrada em Marcos 9:38-43, 45, 47-48 traz à tona discussões profundas sobre inclusão, humildade e a gravidade do pecado. Esses versículos destacam a importância de acolher a diversidade dentro da comunidade de fé, a necessidade de uma postura humilde diante dos atos de outros que também operam no nome de Cristo, e um sério alerta sobre as consequências do pecado. A passagem nos convida a refletir sobre como nossas ações e atitudes podem estar alinhadas com os ensinamentos de Jesus, promovendo um ambiente de respeito mútuo e conscientização sobre a responsabilidade pessoal diante do pecado.

Os pontos principais da leitura:

  1. Inclusão e Tolerância: João relata a Jesus que viu alguém expulsando demônios em nome de Jesus e tentou impedi-lo porque não fazia parte do grupo deles. Jesus responde que não devem impedir essa pessoa, pois “quem não é contra nós, está a nosso favor” (Marcos 9:40). Isso ensina sobre a importância de reconhecer e aceitar a obra de Deus através de outras pessoas, mesmo que não façam parte do nosso grupo.
  2. Valorização dos Pequenos Gestos: Jesus menciona que qualquer um que der um copo de água a alguém por ser discípulo de Cristo não perderá sua recompensa (Marcos 9:41). Isso destaca que até os menores atos de bondade são valiosos aos olhos de Deus.
  3. Seriedade do Pecado: Jesus usa uma linguagem forte para falar sobre o pecado e suas consequências. Ele diz que é melhor entrar na vida eterna mutilado do que ser lançado no inferno com o corpo inteiro. Isso enfatiza a gravidade do pecado e a necessidade de evitá-lo a todo custo.
  4. Cuidado com os Pequenos: Jesus adverte contra escandalizar os “pequeninos” que creem nele, afirmando que seria melhor para a pessoa que causa o escândalo ter uma grande pedra de moinho amarrada ao pescoço e ser lançada ao mar (Marcos 9:42). Isso sublinha a responsabilidade de cuidar e proteger os mais vulneráveis na comunidade.

Esses versículos nos convidam a refletir sobre nossa atitude em relação aos outros, a importância de pequenos atos de bondade e a seriedade com que devemos tratar o pecado.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,38-43.45.47-48

Quem não é contra nós é a nosso favor. Se tua mão te leva a pecar, corta-a!

Naquele tempo, 38. João disse a Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue". 39. Jesus disse: "Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40. Quem não é contra nós é a nosso favor. 41. Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42. E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43. Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45. Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47. Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48. 'onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga'".

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor

As leituras do dia:

  1. Primeira Leitura: Números 11:25-29
  2. Salmo Responsorial: Salmo 18 (19)
  3. Segunda Leitura: Tiago 5:1-6
  4. Evangelho: Marcos 9:38-43, 45, 47-48

Cor Litúrgica: Verde

Na liturgia católica, a cor verde representa a esperança e é predominantemente utilizada durante o Tempo Comum. Esse período inclui as semanas do ano litúrgico que não são dedicadas a celebrações maiores ou épocas de preparação, como o Advento e a Quaresma. O verde nos faz lembrar da esperança cristã e do crescimento espiritual constante. É uma época para meditar sobre os ensinamentos de Jesus e incorporá-los no cotidiano.


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