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Liturgia do dia: "Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso" (Lc.6,36) | 23ª Sem. Tempo Comum 🟢

A seção da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, especificamente os versículos 8,1b-7.11-13, trata primordialmente das questões do conhecimento e da caridade, também interpretada como amor. Esses versículos destacam a importância do amor fraterno e do conhecimento verdadeiro na vida dos fiéis, ressaltando que o conhecimento por si só pode levar ao orgulho, mas é a caridade que edifica e une a comunidade. A mensagem central é que o amor deve ser o fundamento de todas as ações e conhecimentos, pois é através do amor que se alcança a verdadeira sabedoria e se constrói uma comunidade forte e unida.

Aqui está um resumo dos principais pontos:

  1. Conhecimento e Caridade: Paulo começa dizendo que o conhecimento “incha”, mas a caridade edifica. Ele enfatiza que, embora o conhecimento seja importante, é o amor que realmente constrói a comunidade.
  2. Consciência e Liberdade: Ele fala sobre a questão de comer alimentos sacrificados aos ídolos. Paulo explica que, embora os cristãos saibam que os ídolos não têm poder real, nem todos têm esse conhecimento. Alguns, com consciência fraca, podem ser levados a pecar se virem outros cristãos comendo esses alimentos.
  3. Responsabilidade pelo Outro: Paulo adverte que o conhecimento e a liberdade de um cristão não devem ser usados de maneira que causem a queda de um irmão mais fraco na fé. Ele conclui dizendo que, se comer carne faz com que seu irmão tropece, ele nunca mais comerá carne para não causar a queda de seu irmão.

Essa passagem nos lembra da importância de agir com amor e consideração pelos outros, especialmente aqueles que podem ser mais vulneráveis em sua fé.

Primeira Leitura: Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 8,1b-7.11-13

Pecando contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais

Irmãos, 1b. o conhecimento incha, a caridade é que constrói. 2. Se alguém acha que conhece bem alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber. 3. Mas se alguém ama a Deus, ele é conhecido por Deus! 4. Quanto ao comer as carnes de animais sacrificados aos ídolos, nós sabemos que um ídolo não é nada no mundo, e que Deus é um só. 5. É verdade que alguns são chamados deuses, no céu ou na terra, e muita gente pensa que existem muitos deuses e muitos senhores. 6. Para nós, porém, existe um só Deus, o Pai, de quem vêm todos os seres e para quem nós existimos. E, ainda, para nós, existe um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual tudo existe, e nós também existimos por ele. 7. Mas nem todos têm esse conhecimento. De fato, alguns habituados, até ao presente, ao culto dos ídolos, comem da carne dos sacrifícios, como se ela fosse mesmo oferecida aos ídolos. E assim, a sua consciência, que é fraca, fica manchada. 11. E então, por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. 12. Pecando, assim, contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. 13. Por isso, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não escandalizar meu irmão.

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Salmo Responsorial - Sl 138(139),1-3.13-14ab-23-24 (R.24b)

R.24b. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

1. Senhor, vós me sondais e conheceis, 2. sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos, 3. percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.

R.24b. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

13. Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. 14a. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! b. Que prodígio e maravilha as vossas obras!

R.24b. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

23. Senhor, sondai-me, conhecei meu coração, examinai-me e provai meus pensamentos! 24. Vede bem se não estou no mau caminho, e conduzi-me no caminho para a vida!

R.24b. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!


O Evangelho segundo Lucas, em sua passagem 6,27-38, ressalta a natureza extrema do amor e da misericórdia que Jesus pregou. Essa seção das Escrituras nos desafia a amar de uma maneira que transcende as expectativas comuns, convidando-nos a estender a mão até mesmo àqueles que consideramos inimigos. A mensagem é clara: o amor que Jesus ensina não conhece fronteiras e nos chama a praticar a misericórdia de forma incondicional, refletindo a bondade divina em nossas ações diárias.

Aqui estão os principais significados e ensinamentos:

  1. Amor aos Inimigos: Jesus nos chama a amar nossos inimigos e fazer o bem aos que nos odeiam. Este amor é incondicional e não se baseia em como somos tratados pelos outros.
  2. Não Retaliar: A instrução de oferecer a outra face e não pedir de volta o que nos foi tirado desafia a lógica da retribuição e nos convida a uma generosidade sem limites.
  3. Regra de Ouro: Jesus ensina que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Esta é uma regra universal que promove a empatia e o respeito mútuo.
  4. Amor e Generosidade Desinteressados: Ele enfatiza que amar apenas aqueles que nos amam ou fazer o bem apenas aos que nos fazem bem não é suficiente. Devemos amar e fazer o bem sem esperar nada em troca.
  5. Misericórdia: Jesus conclui dizendo que devemos ser misericordiosos, assim como nosso Pai celestial é misericordioso. Isso nos chama a refletir a compaixão divina em nossas ações diárias.

Esses ensinamentos nos desafiam a viver de maneira contrária às nossas tendências naturais, promovendo um amor radical e uma generosidade que transcende a reciprocidade.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 6,27-38

Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27. "A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28. bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. 29. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31. O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34. E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35. Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36. Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos".

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor

Cor Litúrgica: Verde

Na liturgia católica, a cor verde é emblemática da esperança. Predominante durante o Tempo Comum, que constitui a maior parte do calendário litúrgico, essa cor é um lembrete constante da vida cristã diária e da esperança que é fundamental à fé cristã. Além disso, o verde adorna as igrejas nos domingos e dias feriais, reforçando essa mensagem. É importante notar que, em ocasiões especiais, como festas e solenidades que substituem a celebração regular, as cores litúrgicas específicas dessas datas prevalecem.

A liturgia da palavra, composta pela primeira leitura, o salmo responsorial e o evangelho, é um elemento central da fé cristã, encontrando-se todos registrados na Bíblia Sagrada. Esses textos são lidos e refletidos durante as celebrações, proporcionando aos fiéis uma oportunidade de meditar sobre as escrituras sagradas e aplicar seus ensinamentos na vida cotidiana. Se você tem em mãos o livro sagrado, dedique-se à sua leitura


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