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Liturgia do dia: "Não há nada de novo debaixo do sol" (Ecl.1,10) | 25ª Semana do Tempo Comum 🟢

A passagem de Eclesiastes 1:2-11 oferece uma meditação intensa sobre a repetitividade da existência e a efemeridade das empreitadas humanas. Atribuída ao Rei Salomão, a escritura inicia com a proclamação icônica: "Vaidade das vaidades, diz o Pregador, vaidade das vaidades; tudo é vaidade". Esta expressão captura a essência da mensagem que permeia o texto, sugerindo que, apesar dos esforços incessantes da humanidade, tudo retorna ao ponto de partida, ecoando a transitoriedade de nossas ações e conquistas.

  1. Vaidade das Vaidades: O termo “vaidade” (do hebraico “hevel”) pode ser traduzido como “vapor” ou “sopro”, indicando algo efêmero e insubstancial.
  2. Ciclos da Natureza: O autor observa que o sol se levanta e se põe, o vento sopra em várias direções, e os rios correm para o mar, mas o mar nunca se enche. Esses ciclos repetitivos sugerem a falta de um propósito final nas atividades naturais.
  3. Fadiga Humana: As pessoas trabalham arduamente, mas suas realizações parecem efêmeras e sem significado duradouro. O autor questiona o propósito do trabalho humano, já que tudo parece se repetir sem fim.

Eclesiastes nos convida a refletir sobre o sentido da vida e a buscar um significado que transcenda as coisas terrenas.

Primeira Leitura: Leitura do Livro do Eclesiastes 1,2-11

Não há nada de novo debaixo do sol

"Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade". 3. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4. Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5. O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6. Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7. Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8. Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9. O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: 10. não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: "Eis aqui algo de novo", também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11. Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Salmo Responsorial - Sl 89(90),3-4.5-6.12-13.14 e 17 (R.1)

R.1. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

3. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: "Voltai ao pó, filhos de Adão!" 4. Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

R.1. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

5. Eles passam como o sono da manhã, 6. são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.

R.1. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

12. Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! 13. Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

R.1. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

14. Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! 17. Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

R.1. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.


No trecho de Lucas 9:7-9, o evangelista descreve a intriga de Herodes Antipas ao tomar conhecimento das façanhas de Jesus. Já tendo ordenado a execução de João Batista, Herodes é tomado por perplexidade frente aos boatos de que João poderia ter sido ressuscitado, ou que Elias ou outro dos antigos profetas poderia ter retornado. Diante desses rumores, Herodes manifesta um forte desejo de encontrar-se com Jesus.

  1. Curiosidade de Herodes: Herodes está curioso e perturbado com os relatos sobre Jesus. Ele quer entender quem é Jesus, especialmente porque alguns acreditam que ele é João Batista ressuscitado.
  2. Medo e Insegurança: A curiosidade de Herodes também é marcada por medo e insegurança. Ele já havia mandado matar João Batista e agora teme que Jesus possa representar uma ameaça semelhante.
  3. Busca por Ver Jesus: Apesar de seu desejo de ver Jesus, Herodes não está buscando uma verdadeira compreensão ou fé. Sua busca é superficial e motivada por curiosidade e medo, ao contrário de outros personagens bíblicos que buscam Jesus com fé e desejo de transformação.

Este trecho nos convida a refletir sobre nossas próprias motivações ao buscar Jesus. Estamos buscando com um coração aberto e desejoso de transformação, ou apenas por curiosidade e medo?

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,7-9

Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?

Naquele tempo, 7. o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9. Então Herodes disse: "Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?" E procurava ver Jesus.

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor

Cor Litúrgica: Verde

Na liturgia católica, a cor verde é emblemática da esperança. Predominante durante o Tempo Comum, que constitui a maior parte do calendário litúrgico, essa cor é um lembrete constante da vida cristã diária e da esperança que é fundamental à fé cristã. Além disso, o verde adorna as igrejas nos domingos e dias feriais, reforçando essa mensagem. É importante notar que, em ocasiões especiais, como festas e solenidades que substituem a celebração regular, as cores litúrgicas específicas dessas datas prevalecem.

A liturgia da palavra, composta pela primeira leitura, o salmo responsorial e o evangelho, é um elemento central da fé cristã, encontrando-se todos registrados na Bíblia Sagrada. Esses textos são lidos e refletidos durante as celebrações, proporcionando aos fiéis uma oportunidade de meditar sobre as escrituras sagradas e aplicar seus ensinamentos na vida cotidiana. Se você tem em mãos o livro sagrado, dedique-se à sua leitura.


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