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Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria - Solenidade

No dia 1 de novembro de 1950, Pio XII definia o dogma da Assunção. Proclamava assim solenemente que a crença segunda a qual a Santíssima Virgem Maria ao terminal a sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma para a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé recebida dos Apóstolos. “Bendita entre todas as mulheres” em razão da sua maternidade divina, a Virgem imaculada que tivera desde a sua Conceição o privilégio de ser isenta do pecado original, não devia jamais conhecer a corrupção do túmulo. Para evitar dado incerto, o papa absteve-se de precisar o modo e as circunstâncias de tempo e lugar em que a Assunção se teria dado: apenas o fato da Assunção de Maria em corpo e alma à glória do Céu foi objeto da definição.

ASSUNÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA

A nova missa da festa põe em evidência a própria Assunção e as suas conveniências teológicas. Maria aparece glorificada na mulher descrita no Apocalipse (intróito), na filha do rei revestida de manto de ouro, do salmo 44 (gradual), na mulher que com seu filho será inimiga vitoriosa do demônio (ofertório). São-lhe aplicados os louvores dirigidos a Judite triunfante (epístola); e sobretudo considera a Assunção o coroamento de todas as glórias que derivam da maternidade divina e que a própria Virgem cantou no seu Magnificar (evangelho). As orações fazem-nos pedir a Deus que possamos, como a Santíssima Virgem, estar continuamente atentos às coisas do alto, atingir a ressurreição bem-aventurada, e partilhar da sua glória no Céu.

Na liturgia encontra-se o culto da Assunção desde o século VI no Oriente; em Roma desde o VII. Em Jerusalém, em Constantinopla e em Roma, organizava-se uma procissão em honra da Virgem. Na França a procissão que se faz em 15 de agosto no fim das vésperas, recorda a consagração do país à Santíssima Virgem por Luís XIII em 1638.

Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada(Lucas 10, 42).

A vida da Santíssima Virgem, depois da Ascensão de Jesus Cristo, não foi sem sofrimento. Sofreu vendo-se separada de seu Filho muito amado, e suspirou incessantemente pelo dia em que poderia encontrar-se com Ele. Aumentava seu mérito ao infinito através da prática constante das virtudes mais heroicas. Finalmente, o feliz dia de sua morte chegou e sua alma se separou de seu castíssimo corpo, sem dor ou violência. Mas, na noite após o dia em que seu corpo foi depositado no sepulcro, sua alma desceu do céu, encontrou-o e foi para o céu, à direita de Jesus Cristo, no trono que lhe havia sido preparado.

MEDITAÇÃO SOBRE A VITÓRIA DE MARIA

I. A Santíssima Virgem morre sem dor e sem medo, com um inefável desejo de se juntar ao seu adorável Filho. O amor divino é aquele que separa sua bela alma de sua envoltura mortal. Tu também vais morrer; mas como vais morrer? Na dor e no medo? Aprenda com Maria a viver bem para morrer bem. Peça a graça para morrer santamente. Ela concede isso a seus servidores; e quando te encontres naquele momento terrível, diga com Justo Lipsio: Santa Maria, socorre minha alma na luta com a eternidade.

II. A Santíssima Virgem é ressuscitada algum tempo depois de sua morte; esse corpo castíssimo que havia levado a Jesus Cristo não deveria sofrer a corrupção do sepulcro. Oh, Santíssima Virgem, que alegria me causa o favor que lhe foi concedido! Corpo meu, tu também será ressuscitado um dia; Mas será para a glória ou para os sofrimentos eternos? Eu o ignoro, ou melhor, sei que serei predestinado se for um servo fiel de Maria. Nenhum servo de Maria perece eternamente. (São Bernardo).

III. Quão admirável é o triunfo de Maria! Entra no céu com corpo e alma; os anjos saem a seu encontro; o eterno Pai a reconhece como Filha, Jesus Cristo como Mãe, o Espírito Santo como Esposa. É elevada acima dos coros dos anjos e colocada em um trono ao lado de seu filho. Coragem, minha alma! Não há nada que não possas obter através da Mãe de Deus. Seu poder é infinito e seu amor é igual ao seu poder. O que eu fiz até agora para merecer sua proteção e seus favores?

ORAÇÃO:

“Perdoai, com vossa misericórdia, Senhor, as falhas de vossos servos e, dada a impotência em que nos encontramos em agradá-lo por nossos próprios méritos, concedei-nos a salvação através da intercessão d'Aquela que Vós escolhestes para ser a Mãe de vosso Filho, Nosso Senhor, que, sendo Deus, vive e reina convosco em união com o Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo”. Amém


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