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Liturgia do dia: "Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido" | 21ª Semana do Tempo Comum 🟢

Na Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1,26-31, Paulo nos convida a contemplar a sabedoria e o poder divinos, que se destacam em oposição aos critérios humanos. Ele nos lembra que Deus escolheu o que o mundo considera fraco e insensato para confundir os sábios e poderosos, revelando assim a profundidade e a força de Sua sabedoria e poder. Esta passagem nos desafia a refletir sobre nossa própria vocação e a reconhecer a graça de Deus em nossas vidas, nos chamando a gloriar-nos no Senhor, e não em nossas próprias realizações.

Aqui está um resumo do significado:

  1. Chamado dos Humildes: Paulo destaca que muitos dos chamados por Deus não são sábios, poderosos ou nobres segundo os padrões humanos. Isso mostra que Deus escolhe aqueles que são considerados fracos ou insignificantes pelo mundo para envergonhar os fortes e sábios.
  2. Sabedoria de Deus: Deus escolheu o que é considerado loucura pelo mundo para envergonhar os sábios. Isso demonstra que a sabedoria de Deus é superior à sabedoria humana.
  3. Propósito Divino: O objetivo é que ninguém se glorie diante de Deus. A glória deve ser dada a Deus, pois é por meio Dele que estamos em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção.
  4. Gloriar-se no Senhor: Paulo conclui citando Jeremias 9:24, enfatizando que quem se gloria deve gloriar-se no Senhor, reconhecendo que tudo vem de Deus.

Essa passagem nos lembra da inversão dos valores humanos por Deus e da importância de reconhecer nossa dependência Dele.

Primeira Leitura: Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1,26-31

Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido

Irmãos, considerai vós mesmos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27. Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28. Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29. para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30. É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31. para que, como está escrito, "quem se gloria, glorie-se no Senhor".

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Salmo Responsorial - Sl 32,12-13. 18-19. 20-21 (R. cf. 12b)

R. cf. 12b. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

12. — Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! 13. Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.

R. cf. 12b. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

18. — Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, 19. para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

R. cf. 12b. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

20. — No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! 21. Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.

R. cf. 12b. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!


A narrativa bíblica de Mateus 25:14-30 é amplamente reconhecida como a Parábola dos Talentos. Esta parábola, contada por Jesus, ilustra a importância da diligência e do uso prudente dos dons e recursos que nos são confiados. Na história, um homem, antes de partir em viagem, entrega a seus servos diferentes quantidades de talentos, cada um conforme sua capacidade. Aqueles que receberam mais talentos negociaram e dobraram o valor recebido, enquanto o servo que recebeu apenas um talento optou por enterrá-lo, recebendo repreensão por sua inatividade ao retorno do senhor. A parábola enfatiza a expectativa de crescimento e a responsabilidade individual na gestão dos bens, e é frequentemente interpretada como uma metáfora sobre a responsabilidade espiritual e a necessidade de preparação para o retorno de Cristo.

Aqui está um resumo do seu significado:

  1. Responsabilidade e Uso dos Dons: A parábola fala sobre um senhor que confia seus bens a três servos antes de viajar. Cada servo recebe uma quantidade diferente de talentos (uma unidade monetária), de acordo com sua capacidade. Os dois primeiros servos investem e dobram os talentos recebidos, enquanto o terceiro enterra o seu talento por medo.
  2. Prestação de Contas: Quando o senhor retorna, ele pede contas aos servos. Os dois primeiros são elogiados e recompensados por sua diligência e fidelidade. O terceiro servo, que não fez nada com o talento, é repreendido e punido.
  3. Lições Espirituais: A parábola ensina que Deus nos confia dons, habilidades e recursos, e espera que os usemos para o bem do Seu Reino. A falta de ação e o medo de arriscar são vistos negativamente. A fidelidade e a diligência são recompensadas, enquanto a negligência e a inatividade são punidas.
  4. Vigilância e Preparação: Esta parábola faz parte do discurso escatológico de Jesus, que enfatiza a importância de estar preparado para o retorno de Cristo. Ela nos lembra que devemos ser bons administradores dos recursos que Deus nos deu e estar sempre prontos para prestar contas.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,14-30

Como foste fiel na administração de tão pouco, vem participar de minha alegria

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 14. "Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18. Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19. Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20. O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: 'Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. 21. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 22. Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: 'Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. 23. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 24. Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: `Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25. Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence'. 26. O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27. Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.' 28. Em seguida, o patrão ordenou: 'Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29. Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'"

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós, Senhor

Cor Litúrgica: Verde

Na liturgia católica, a cor verde é emblemática da esperança. Predominante durante o Tempo Comum, que constitui a maior parte do calendário litúrgico, essa cor é um lembrete constante da vida cristã diária e da esperança que é fundamental à fé cristã. Além disso, o verde adorna as igrejas nos domingos e dias feriais, reforçando essa mensagem. É importante notar que, em ocasiões especiais, como festas e solenidades que substituem a celebração regular, as cores litúrgicas específicas dessas datas prevalecem.


A liturgia da palavra, composta pela primeira leitura, o salmo responsorial e o evangelho, é um elemento central da fé cristã, encontrando-se todos registrados na Bíblia Sagrada. Esses textos são lidos e refletidos durante as celebrações, proporcionando aos fiéis uma oportunidade de meditar sobre as escrituras sagradas e aplicar seus ensinamentos na vida cotidiana. Se você tem em mãos o livro sagrado, dedique-se à sua leitura.


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