Liturgia do dia: “Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará” (Mt.17-23) | 19ª Sem. Tempo Comum 🟢
A passagem da Profecia de Ezequiel, especificamente os versículos 1,2-5.24-28c, apresenta uma visão simbólica e impactante que foi revelada a Ezequiel no período do exílio babilônico do povo israelita. Esta narrativa descreve uma experiência transcendental na qual Ezequiel testemunha manifestações divinas e recebe mensagens proféticas durante um momento crítico da história de Israel, marcado pelo cativeiro e pela busca de esperança e restauração.
Aqui está um resumo do significado dessa passagem:
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Contexto Histórico: A visão ocorre no quinto ano do exílio do rei Joaquim, quando Ezequiel, filho do sacerdote Buzi, está junto ao rio Cobar na terra dos caldeus.
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Visão dos Seres Vivos: Ezequiel vê uma grande nuvem com relâmpagos e algo brilhante como ouro incandescente. No centro, aparecem quatro seres vivos, cada um com a figura de homem.
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Som das Asas: O som das asas dos seres vivos é descrito como o estrondo de muitas águas e a voz do Poderoso. Isso simboliza a majestade e o poder de Deus.
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Trono e Figura Humana: Acima dos seres vivos, Ezequiel vê algo parecido com safira, uma espécie de trono, e sobre ele, uma figura com aparência humana, brilhando como ouro incandescente e fogo.
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Glória do Senhor: A visão culmina com a descrição de um círculo luminoso ao redor da figura, semelhante ao arco-íris nas nuvens em dia de chuva. Esta é a aparência visível da glória do Senhor.
Essa passagem é rica em simbolismo e revela a majestade e a glória de Deus, mesmo em tempos de exílio e dificuldade. A visão de Ezequiel serve para lembrar o povo de Israel da presença e do poder de Deus, mesmo quando estão longe de sua terra natal.
Primeira Leitura: Leitura da Profecia de Ezequiel 1,2-5.24-28c
Tal era a aparência visível da glória do Senhor
2. No dia cinco do mês - esse era o quinto ano do exílio do rei Joaquim – 3. a palavra do Senhor foi dirigida a Ezequiel, filho do sacerdote Buzi, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar. Foi ali que a mão do Senhor esteve sobre ele. 4. Eu vi que um vento impetuoso vinha do norte, uma grande nuvem envolta em claridade e relâmpagos; no meio brilhava algo como se fosse ouro incandescente. 5. No centro aparecia a figura de quatro seres vivos. Este era o seu aspecto: cada um tinha a figura de homem. 24. E eu ouvi o rumor de suas asas: Era como um estrondo de muitas águas, como a voz do Poderoso. Quando se moviam, o seu ruído era como o barulho de um acampamento; quando paravam, eles deixavam pender as asas. 25. O ruído vinha de cima do firmamento, que estava sobre suas cabeças. 26. Acima do firmamento que estava sobre as cabeças, havia algo parecido com safira, uma espécie de trono, e sobre essa espécie de trono, bem no alto, uma figura com aparência humana. 27. E eu vi como que um brilho de ouro incandescente, envolvendo essa figura como se fosse fogo, acima daquilo que parecia ser a cintura; abaixo daquilo que parecia ser a cintura, vi algo como fogo e, em sua volta, um círculo luminoso. 28c. Esse círculo luminoso tinha o mesmo aspecto do arco-íris, que se forma nas nuvens em dia de chuva. Tal era a aparência visível da glória do Senhor. Ao vê-la, caí com o rosto no chão.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo Responsorial - Sl 148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd
— Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1. — Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! 2. Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!
11. — Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; 12a. e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, b. anciãos e criancinhas, bendizei-o!
c. — Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória 14a. ultrapassam em grandeza o céu e a terra.
b. — Ele exaltou seu povo eleito em poderio, c. ele é o motivo de louvor para os seus santos. d. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.
O capítulo 17, versículos de 22 a 27 do Evangelho de Mateus, apresenta duas narrativas distintas e significativas: inicialmente, encontramos o segundo anúncio da paixão de Cristo, onde Ele revela aos discípulos o destino que o aguarda em Jerusalém - a entrega nas mãos dos homens, a morte e a ressurreição ao terceiro dia. Esta previsão deixa os discípulos profundamente perturbados, pois antecipa o sofrimento e a traição que Jesus enfrentará. A segunda parte do texto aborda o episódio do pagamento do imposto do templo, uma passagem que destaca a sabedoria e a autoridade de Jesus perante as obrigações civis e religiosas da época. Ele utiliza a ocasião para ensinar sobre a liberdade dos filhos de Deus em relação aos tributos, mas escolhe pagar o imposto para evitar escândalo, demonstrando assim uma conduta irrepreensível. Este trecho do evangelho é rico em simbolismo e ensinamentos, refletindo sobre a natureidade divina de Jesus e sua missão redentora, bem como sobre a conduta ética e moral que seus seguidores devem adotar.
Aqui está um resumo do significado dessa passagem:
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Anúncio da Paixão: Jesus prediz sua morte e ressurreição pela segunda vez. Ele diz aos discípulos que será entregue nas mãos dos homens, será morto, mas ressuscitará ao terceiro dia. Os discípulos ficam profundamente aflitos com essa notícia.
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Pagamento do Imposto do Templo: Ao chegar em Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo perguntam a Pedro se Jesus paga o imposto. Pedro responde que sim. Jesus, então, questiona Pedro sobre de quem os reis da terra cobram impostos, se de seus filhos ou dos outros. Pedro responde que dos outros, e Jesus conclui que os filhos estão isentos. No entanto, para não causar escândalo, Jesus instrui Pedro a pegar um peixe, no qual encontrará uma moeda suficiente para pagar o imposto por ambos.
Significado Espiritual:
- Humildade e Obediência: Jesus, embora Filho de Deus e isento do imposto, escolhe pagá-lo para não causar escândalo, mostrando humildade e obediência às leis humanas.
- Previsão da Paixão: O anúncio da paixão reforça a missão redentora de Jesus e prepara os discípulos para os eventos futuros de sua morte e ressurreição.
- Providência Divina: A instrução de Jesus a Pedro para encontrar a moeda no peixe demonstra a providência divina e o controle de Deus sobre todas as coisas.
Essa passagem nos ensina sobre a importância da humildade, da obediência às autoridades e da confiança na providência de Deus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 17,22-27
Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará. Os filhos estão isentos dos impostos
Naquele tempo, 22. quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará". E os discípulos ficaram muito tristes. 24. Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: "O vosso mestre não paga o imposto do Templo?" 25. Pedro respondeu: "Sim, paga". Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: "Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?" 26. Pedro respondeu: "Dos estranhos!" Então Jesus disse: "Logo os filhos são livres. 27. Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti".
- Palavra da Salvação
- Glória a vós, Senhor
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